DJACIR DE LIMA MENEZES
Djacir de Lima Menezes nasceu em Maranguape-CE, no dia 16 de novembro de 1907.
Filho de Paulo Elpídio de Menezes e de Oda Freire Menezes.
Sócio efetivo do Instituto do Ceará, tomou posse em 20.05.1933.
Registra Rubens de Azevedo que, quando de seu ingresso no Instituto do Ceará, sua saudação coube a Hélio Melo, o qual declarou sobre Djacir de Menezes: “Educador, filósofo, sociólogo, economista, pensador, jurista, polemista, humanista e, nos tempos idos da juventude, tribuno popular, qual se revelou em campanhas políticas, soube tratar de todas essas províncias do conhecimento humano, sem nunca descer à vulgaridade.”
Estudou no Liceu do Ceará e, em 1926, matriculou-se na Faculdade de Direito do Ceará, transferindo-se para a Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, onde bacharelou-se no ano de 1930. Fez doutorado em Direito na Faculdade de Direito do Ceará.
Foi inspetor regional de ensino, professor de Psicologia e Introdução à Ciência do Direito. Foi professor do Colégio Militar de Fortaleza.
Fundador e primeiro diretor da Academia de Comércio do Ceará, lecionando Economia Política. Fundador da Faculdade de Ciências Econômicas dos Ceará.
No Rio de Janeiro, para onde se transferiu em 1941, lecionou na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Ministrou diversas conferências na Escola Superior de Guerra.
Dirigiu a seção didática do Instituto Argentino-Brasileiro de Cultura, em Buenos Aires, em 1953, sob o patrocínio do Ministério das Relações Exteriores. Fundou e dirigiu o Instituto Cultural Bolívia-Brasil, em 1957, em La Paz. Em ambos, lecionou Literatura Brasileira, bem como na Universidade Nacional Autônoma do México, em 1951.
Retornando ao Brasil, foi nomeado vice-reitor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, nos anos seguintes, assumiria sua direção, na condição de reitor. Seria professor emérito pela mesma faculdade.
Foi membro do Conselho Federal de Cultura, do “The National Geographic Society” (EUA) e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Recebeu diversas honrarias: Medalha do Mérito Cultural da Universidade Federal do Ceará; Medalha Sylvio Romero da Prefeitura do Distrito Federal; Medalha Homenagem ao Professor do Ano, do “Correio da Manhã”; Medalha do Cinquentenário da Proclamação da República; Medalha do Centenário do Paraná.
Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 8 de junho de 1996.
Obras publicadas: Evolução do pensamento literário no Brasil (1954); Das leis econômicas (1955); O sentido antropógeno da História (1959); Crítica social de Eça de Queiroz (1962); Evolucionismo e positivismo na crítica de Farias Brito (1962); Introdução à Ciência do Direito (1964); A redescoberta das oligarquias (1967); Poesias heréticas e heresias poéticas (1970); Liberdade universitária e suas distorções (1970); O outro Nordeste (1970); Ideias contra ideologias (1971); O problema da realidade objetiva (1971); O Brasil no pensamento brasileiro (1972); Teses quase hegelianas (1972); Filosofia do direito (1975); Temas polémicos (1975); Motivos alemães (1977); Premissas do culturalismo dialético (1979); Tratado de filosofia do direito (1980); A juridicidade em Tomás de Aquino e em Karl Marx (1982);
Fonte: AZEVEDO, Rubens de. Os 40 da Casa do Barão. MELO, Hélio. Revista do Instituto do Ceará. Ano: 1926.