
JOAQUIM LOBO DE MACÊDO (JOARYVAR MACEDO)
Joaquim Lobo de Macêdo, que adotou o pseudônimo de Joaryvar Macedo, nasceu na cidade de Lavras da Mangabeira-CE, no dia 20 de maio de 1937.
Filho de Antônio Lobo de Macedo e de Maria Torquato Gonçalves de Macedo.
Sócio efetivo do Instituto do Ceará, tomou posse em 22.02.1988.
Estudou nos Seminários São José do Crato, Arquidiocesano de Fortaleza e Arquiepiscopal de Olinda-Recife.
Abandonando a carreira eclesiástica, fez o curso de Letras na Faculdade de Filosofia do Crato, graduando-se em 1968. Pós-graduado em Metodologia do Ensino Superior na Universidade Católica de Salvador, Bahia.
Foi professor de vários colégios da região do Cariri, onde também desenvolveu uma grande atividade cultural. No ensino superior, foi professor de Língua Portuguesa, Filologia Românica e Língua Latina na Faculdade de Filosofia do Crato, na qual ocupou a subchefia do Departamento de Línguas e Literatura e a vice-diretoria do Centro de Estudos Portugueses. Também foi professor da Universidade Regional do Cariri.
Depois de exercer o cargo de assessor especial do presidente do Conselho Estadual de Educação do Ceará, foi membro do Conselho Estadual de Educação e do Conselho Estadual de Cultura, do qual foi presidente. De 1983 a 1987, exerceu o cargo de secretário de Cultura e Desporto do Estado do Ceará.
Sócio e fundador da Academia de Letras Municipais do Brasil, Secção do Ceará (atual Academia de Letras dos Municípios Cearenses – ALMECE), da qual foi vice-presidente de 1985-1987 e de 1987-1989. Foi sócio efetivo do Instituto Cultural do Cariri, do Instituto Cultural do Vale Caririense, do qual foi presidente por mais de dez anos, do Instituto Genealógico Brasileiro, do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano, da Academia de Letras e Artes do Nordeste, da Academia Cearense de Retórica e da Academia Cearense de Letras.
Estreou nas letras publicando o livro de poesias Caderno de loucuras, em 1965. Dedicou intensa atividade à pesquisa nas áreas de Genealogia e Heráldica e, no discurso de posse da Academia Cearense de Letras, declarou: “E, se nesse afã nada mais conseguir ser, um título granjeei e dele não abro mão: pesquisador”.
Fez parte de muitas entidades culturais do seu campo de ação e foi membro honorário ou correspondente de institutos e academias do país e do exterior. Recebeu a Comenda Cruz de João Ramalho, Medalha de Distinção Literária e Medalha ao Mérito Difusão Cultural.
Faleceu em Fortaleza, no dia 29 de janeiro de 1991.
Obras principais: Os Augustos (1971); Otacílio Macedo (1972); Um bravo carirense (1974); O poeta Lobo Manso (1975); Templos, engenhos, fazendas, sítios e lugares (1975); A estirpe de Santa Tereza (1976); Pedro Bandeira, Príncipe dos Poetas Populares (1976); Fagundes Varela e outros rabiscos (1978); Origens do Juazeiro do Norte (1978); Influência de Portugal na formação étnica e social do Cariri (1978); Composições poéticas de Hermes Carleal (1979); Temas históricos regionais (1986); O Império do bacamarte (1990).
Fonte: MARTINS, José Murilo. Poetas da Academia Cearense de Letras. MARTINS, José Murilo. Academia Cearense de Letras. História e Acadêmicos.