
PAULINO NOGUEIRA BORGES DA FONSECA
Paulino Nogueira Borges da Fonseca nasceu em Fortaleza-CE, no dia 27 de fevereiro de 1842.
Filho de Francisco Xavier Nogueira e Maria das Graças Nogueira.
Foi um dos fundadores do Instituto do Ceará, tomando posse em 04.03.1887. Foi seu primeiro presidente (04.03.1887-15.06.1908), cargo em que permaneceu até o seu falecimento.
Foi promotor de justiça, professor e diretor do Liceu do Ceará, na cadeira de Latim, além de inspetor geral da Instrução Pública, deputado geral (1872 a 1879), desembargador do Tribunal de Apelação do Ceará e jornalista.
Ressalva Raimundo Girão que: “a sua cultura era granítica: foi autoridade nos domínios das Letras, do Direito e da História. Um acatado e admirado. A sua bibliografia é volumosa e cada produção sua uma validade. Guarda-as na mor parte a Revista do Instituto do Ceará. O seu Vocabulário Indígena, com que se abre o primeiro número desta velha publicação, é obra de pesquisador acurado e consciente, procurando a explicação e verdadeira interpretação de nomes da língua dos nossos antepassados das florestas.”
Na política, exerceu o mandato de deputado provincial e geral.
É o patrono da cadeira 29 da Academia Cearense de Letras.
Enquanto jornalista, dirigiu o jornal “A Constituição” (órgão do Partido Conservador) e colaborou nos jornais “A Quinzena” e “A Verdade”. Além disso, colaborou com diversos artigos na Revista do Instituto.
Era um estudioso da língua tupi.
Faleceu em Fortaleza, no dia 15 de junho de 1908.
Obras principais: Presidentes do Ceará; Execução de Pinto Madeira perante a História; Vocabulário Indígena em uso na província do Ceará (1887); O Padre Ibiapina (1888); O Padre Francisco pinto e a primeira catequese dos índios do Ceará.
Fonte: GIRÃO, Raimundo. A Academia de 1894. AMORA, Manoel Albano. Academia Cearense de Letras. Síntese Histórica. AZEVEDO, Rubens de. Os 40 da Casa do Barão.